SINOPSE DO LIVRO

Certamente o leitor nunca presenciou uma dona de casa entrar em uma loja de departamentos e pedir ao vendedor: "Por favor, dê-me duas chapas de aço galvanizado de 1,50 por 0,80 m, uma lata de tinta verniz branco, um motor elétrico, um com­pressor, 125 metros de fio, uma lâmpada, 1 O m de borracha de vedação e ... Ah, quase ia me esquecen­do, um botijão de gás freon". Bom, podemos garan­tir que vai ser muito dificil mesmo acontecer algo do tipo. No entanto, episódios bastante parecidos ocorrem muitas vezes, todos os dias, quando as pes­soas adquirem refrigeradores domésticos, certo? Se juntarmos todos os itens acima citados de uma for­ma ordenada, e segundo uma certa lógica, obtere­mos ... um refrigerador, ou um aparelho de ar condi­cionado, ou uma série de outros produtos similares. Mas devemos concordar que, até os refrigeradores chegarem às instalações das lojas, prontos para se­rem oferecidos aos clientes, muita coisa teve de acon­tecer e muitas pessoas tiveram de trabalhar duro para levá-los até lá. 

Em que pese todo o esforço, todas as técni­cas sofisticadas, a tecnologia, o management utili­zado pelas empresas, os centros de pesquisas en­carregados de investigar e propor novas formas de fazer as coisas, o que define a competitividade ou não de um dado negócio ainda é ... a consumidora acima, que decidiu adquirir um dado modelo de re­frigerador produzido por uma dada empresa. Pois então pense nisso, se ela não optar pelo SEU refri­gerador, ou seja, se ela não achar o SEU produto mais interessante segundo a visão própria das coi­sas que ELA tem, nada do que foi feito em sua empresa terá valido a pena. 

Um autor conhecido (Prof Cunninghan) dis­se certa vez que "hoje, a competição não mais ocor­re no nível das empresas, mas sim no nível das ca­deias de fornecimentos". De fato, é mais do que evi­dente que o sucesso de um dado negócio depende de um esforço coordenado e objetivo de muitas outras pessoas, além das que se encontram na '1inha de frente" com os clientes. Na verdade, são muitos os atores que devem colaborar com seus melhores talentos, de modo a fazer com que o produto final, o bem de consumo, colocado nas prateleiras, tenha qua­lidades suficientes para atrair a atenção e, mais im­portante, receber a preferência dos consumidores na hora da compra. 

Desse modo, podemos dizer que a equação da competitividade nos negócios adquire um perfil cada vez mais multivariado, envolvendo numerosos as­pectos, inovações de toda ordem, tornando mais dificil a tarefa de definir estratégias e escolher a melhor forma de fazer as coisas. Como chegar a de­finir a estratégia de um dado negócio, quem deve ser envolvido, quais suas responsabilidades, para fa­zer qual produto ou serviço? Como deve ser a abor­dagem dos clientes, de modo a saber o que eles que­rem, e transformar isso tudo em coisas que nossa empresa pode fazer? O que deve ser feito para que nossa empresa possa ser considerada "no jôgo" com­petitivo? Em um determinado negócio, quem perde e quem ganha? 

Para orientação das empresas dentro deste contexto, é grande o potencial contido nas discipli­nas da Engenharia de Produção e, por esta razão, o Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção da UNIP-Universidade Paulista, por meio de sua Vice-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, na figura da Profa. Dra. Marília Ancona-López, de­cidiu pela publicação do presente livro. 

Não estamos propondo apenas mais um da­queles muitos livros sobre posicionamento estra­tégico que existem no mercado, mas uma corren­te lógica de pensamento que permita saber.

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